sábado, 23 de abril de 2011

Contra os livros e a cultura

Quem me conhece, se me ouvir dizer que sou contra os livros e a cultura, vai achar que estou fazendo piada. No mínimo sendo irônica. Mas deixe-me explicar.

Fui criada sob cuidados extremos quando o assunto era escola. Nada de notas baixas ou de TV antes de fazer as lições de casa. Aceitável, era uma educação. Para a vida acadêmica, pelo menos.

Mas e para a vida social? E para a vida amorosa? Depois de uma infância e adolescência inteira ouvindo em casa que devia estudar, batalhar pela minha independência, blá blá blá, me deparo com minha mãe dizendo que preciso sair mais e namorar. Fico muito em casa com livros, filmes e computador. Ahn...não entendi.



Difícil se acostumar com uma vida onde absorver cultura é tudo, e depois ter que mudar para ser aceita, para ser agradável, para ser normal. Amigos não ajudam muito, os óculos e o vocabulário também não, mas não posso simplesmente esquecer quem sou no intuito de conquistar a aprovação social.

Deixemos a hipocrisia de lado. Pessoas inteligentes, cultas e blá blá blá são muito agradáveis, para ter uma conversa num café ou para pedir ajuda para trabalhos, quando necessário. Mas não parecem ser tão boas para manter um relacionamento, para sair na noite ou para sexo casual. Sinto lhes dizer, essa não é a verdade, mas é o que a maior parte de vocês pensa ser.


Enfim, conhecimento de menos não é nada atraente, mas parece mais fácil de lidar do que conhecimento demais. E, me odeio por esse pensamento, mas cada vez mais começo a acreditar que realmente, o caminho mais fácil para a felicidade, é a ignorância. 

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