sexta-feira, 22 de abril de 2011

Primeira vez numa Casa de Swing

Este é um segredo que não devia ser compartilhado. É um segredo que deveria ser levado para o túmulo. Mas sou humana e não consigo guardar isso por muito tempo. Não pude compartilhar com amigas porque o preconceito seria muito, então vou compartilhar com vocês, que não conheço.
Quero deixar claro que só fiz o que fiz porque foi espontâneo. Se me perguntassem “quer?”, eu diria não. Pensaria demais. Mediria consequências. A espontaneidade é libertadora.
Estava numa balada. Música não muito boa, homens bombados com blusas justas, essas coisas. Um amigo pergunta: “quer ir?”. Eu digo: “onde?”. Ele: “só diz sim ou não”. Eu disse sim. Logo, a princípio, nem sabia o que estava fazendo.
Estávamos em cinco. Quatro mulheres e um homem. Fomos para a tal balada. Só me sentia segura porque meu amigo é muito grande e me garantira que não aconteceria nada se eu não quisesse.
Chegamos no lugar. A primeira parte, a pista, era uma balada comum. Quer dizer, quase. Não fosse o fato de haver vários caras usando só cueca dançando, e um casal praticando sexo explicitamente logo na entrada, você diria que era uma balada comum.
A música era ótima, as luzes ótimas, as pessoas eram bonitas, Pedimos algo para beber, e ficamos curtindo a música. Em alguns minutos os gogo-boys vieram dançar com a gente, super exibidos com seus corpos perfeitos, mas nossa, que que era aquilo.
Altas horas da madrugada, fico curiosa para saber o que tem na parte de swing. Conhecemos a casa toda. Os quartos nada privativos, as camas para 15 pessoas, o “aquário”, onde os voyeurs observavam as pessoas, e o túnel escuro. Entrar nesse túnel era um risco. Alguém sempre passava a mão em alguém, e quando fui sozinha com meu amigo, além de ele tentar me agarrar, outro cara surgiu do nada e também me agarrou. Não era possível ver nada. Se era branco, negro, bonito ou feio, jovem ou velho, eu não sabia. Mas impossível resistir às carícias deles dois.

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Mais tarde demos umas voltas pela balada. Eu estava de vestido, e perdi a conta de quantas mulheres me passaram a mão. Isso mesmo, mulheres. Os homens não o fazem. Mesmo em casal, são elas que escolhem. Estávamos sentados na entrada do aquário, quando uma loira se aproximou. Não era jovem, mas era bonita e tinha um corpo muito bem feito. Sentou no colo do meu amigo, e após algumas palavras, me beijou.
Não era a primeira vez que eu beijava uma mulher, mas nossa, aquela sabia o que estava fazendo. Senti algo acender em mim. Ela se foi. Ficamos por ali, até que meu amigo decidiu intimá-la para a diversão. Ela aceitou. Fomos para uma das cabines do aquário.
Ela chegou me jogando na parede. Me beijou de um jeito tão intenso que esqueci que havia gente nos observando e que meu amigo estava ali. Ergueu meu vestido, beijou meu corpo todo, e tirou minha calcinha. Cara, cheguei ao céu aquele dia. Ela sabia fazer isso muito melhor que muitos homens. Conhecia o caminho. Me deixou louca. Quando terminou, me deu outro beijo e saiu. Eu estava descabelada e ofegante, e quando pensei em pegar minha calcinha, meu amigo declara “agora fiquei com vontade”, e, nossa, me ergue. Fez a mesma coisa que ela, e chegou a me machucar com aquela boca louca em mim. Mas não resisti. De forma alguma. Duas vezes seguidas? Uau. Saí de lá com as pernas bambas.
Eu nem acreditava que havia feito aquilo. Foi demais. Enquanto assistia ao strip-tease da “diabinha” da casa, um casal veio falar comigo. Me elogiaram, queriam me conhecer melhor. Não sei por que hesitei. Acho que ela não me atraiu muito. De qualquer forma, agora aguardo ansiosa pela próxima vez. Não quero tornar uma rotina, mas aconselho a todas vocês: uma vez na vida, esqueçam as regras, e caiam na selvageria. Faz bem.


Uhull, segundo segredo do Porta-segredos foi demais hein. Continuem mandando garotas, está cada vez melhor.

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